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19/08/2015 - 14:52

Emprego na indústria cai 1% em junho, pelo 6º mês seguido, diz IBGE

O emprego na indústria caiu pelo sexto mês seguido. Em junho, o recuo foi de 1% na comparação com maio, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira (19).

EMPREGO NA INDÚSTRIA

No semestre, o emprego nas fábricas brasileiras acumula baixa de 5,2% e, em 12 meses, de 4,6%.
Na comparação com junho do ano passado, o emprego industrial recuou 6,3% – é o 45º resultado negativo e a maior queda desde agosto de 2009 (-6,4%).
Segundo o IBGE, a maioria dos setores pesquisados mostrou retração. Os que mais sofreram com os cortes, ainda na comparação com junho de 2014, são:
– Meios de transporte (-11,4%)
– Máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%)
– Produtos de metal (-11,8%)
– Máquinas e equipamentos (-8,9%)
– Vestuário (-6,7%)
– Alimentos e bebidas (-3,0%)
Na análise do segundo trimestre, o pessoal ocupado assalariado na indústria caiu 5,8% – a 15ª taxa negativa seguida, “intensificando o ritmo de queda frente ao resultado do primeiro trimestre do ano (-4,6%)”.
Do primeiro para o segundo trimestre, as maiores perdas partiram de alimentos e bebidas (de -1,6% para -2,9%), de máquinas e equipamentos (de -5,1% para -7,7%), de meios de transporte (de -8,8% para -10,9%), de vestuário (de -4,3% para -6,5%), de produtos de metal (de -9,3% para -11,2%) e de borracha e plástico (de -0,5% para -2,3%).

Salários
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 1,3% em relação a maio, depois de cair por dois meses seguidos, influenciada pelo setor extrativo (31,2%), “em função do pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor”.
Na comparação com junho de 2014, o valor da folha de pagamento real mostrou queda de 7,1% em junho de 2015, com destaque para meios de transporte (-17,4%).
Horas pagas
Em junho, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 0,6% sobre maio. Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o número de horas pagas recuou tanto no fechamento do segundo trimestre de 2015 (-6,3%), como no índice acumulado dos seis primeiros meses do ano (-5,8%).

Produção
Depois de ensaiar uma recuperação em maio, a produção industrial nacional voltou a mostrar resultado negativo ao recuar 0,3% em junho, conforme anunciou no início do mês o IBGE.

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