Empresas não cumprem prazo; só neste ano, a obra de revitalização do terminal foi retomada 4 vezes

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, afirmou que, se a obra de revitalização do Terminal de Turismo e Lazer da Salgadeira, no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, não for retomada ainda neste mês, o Estado vai rescindir o contrato com as empresas responsáveis.

A última licitação da obra foi vencida pelo consórcio formado pelas empreiteiras Farol Empreendimentos e Ypenge Projetos Florestais e Ambientais.

“Esse é o último prazo: ou vai ou racha. Já retomamos essa obra quatro vezes, somente neste ano. Já recompomos o cronograma algumas vezes e a empresa se revelou interessada no serviço, mas não retomou os trabalhos. Agora, demos o último prazo. Caso nada aconteça, vamos rescindir o contrato, abrir uma nova licitação e iniciar todo o processo de novo, para que possamos encerrar de vez essa celeuma”, afirmou o secretário.

Em junho deste ano, a Secretaria de Cidades anunciou que as obras de revitalização do terminal turístico seriam retomadas.

De acordo com a assessoria da Secid, que é responsavel por fiscalizar a obra, uma solicitação já foi encaminhada para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para que seja rescindido o contrato com as empresas.

As empresas simplesmente não cumpriram o cronograma físico de andamento das obras, já foram multadas e elas alegam que pediram um aditivo para o Governo, mas a questão está sendo analisada, segundo a assessoria.

Em junho, o secretário de cidades, Eduardo Chiletto, informou que a expectativa era de que a primeira parte da obra fosse entregue ainda em dezembro deste ano.

Já o restante da obra, conforme Chiletto, deveria ser concluído em abril de 2016.

Projeto errado

A obra da Salgadeira, orçada em R$ 6,37 milhões, teve início em 2013 e deveria ser entregue em junho de 2015.

No entanto, os serviços estão paralisados desde dezembro de 2014, em função de erros encontrados no projeto.

O local está fechado para o público desde 2010.

O Consórcio Salgadeira, formado pelas empresas Farol Empreendimentos e Ypenge Projetos Florestais e Ambientais, já havia recebido 39,2% do valor destinado à obra e solicitou um aditivo de R$ 1,7 milhão para concluir o projeto.

A obra prevê a revitalização do bloco do Centro de Atendimento ao Turista, reforma do restaurante, construção de lojas com artefatos locais, guarita e de um estacionamento com capacidade para aproximadamente 100 carros.
O projeto também contempla a construção de uma trilha suspensa e de três mirantes.

Salgadeira
Localizada no município de Cuiabá – a 40 km do centro da Capital -, a Salgadeira compreende um dos espaços naturais mais visitados pela população e turistas.

Em setembro de 2010, a Justiça determinou a interdição do local.

Na época, a decisão foi dada após a constatação de irregularidades verificadas pelo Ministério Público do Estado (MPE).
As informações, que foram alvo de investigações, apontavam problemas como disposição de resíduos a céu aberto, sistema de tratamento de esgoto deficiente, presença de processos erosivos em diversas localidades do Complexo, além de ausência de licença ambiental.