- Cuiabá
- QUINTA-FEIRA, 9 , JANEIRO 2025
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Depois de manter suspense por algum tempo, o ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR) confirmou que não se filiou ao PMDB por causa da necessidade de subir em diferentes palanques, nas eleições municipais, principalmente com o prefeito Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá. “Sempre estivemos juntos, desde o começo [2008, quando saiu candidato pelo PR] e Mauro Mendes me disse que está pronto para disputa”, revelou Maggi, para a reportagem do Olhar Direto, ao participar do Fórum Diálogos Capitais – Portos, Desafios e Oportunidades, no auditório da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), em Cuiabá.
Blairo Maggi revelou que pode se desfiliar do PR e ficar sem partido, para subir em diferentes palanques, nas eleições deste ano. Ele admitiu que pode até mesmo se filiar ao PMDB, futuramente, em um outro momento da política brasileira. “A minha decisão foi de não ir para o PMDB neste momento, para poder, nas eleições municipais, poder atender nossos companheiros sem problemas”, ponderou Maggi.
Na sequência, o presidente regional do PR, senador Wellington Fagundes, afirmou que confia na permanência do colega, nas hostes republicanas. “Blairo Maggi tem um histórico de lealdade com os companheiros e, hoje, sem dúvida, a maioria de seus seguidores encontra-se no PR”, citou Fagundes, que participava do mesmo evento.
Maggi confirmou ainda que o veto do PSDB e aliados, articulado pelo governador José Pedro Taques (PSDB), contra coligações com PMDB e PT, nos municípios, também pesou em sua decisão. “Ficar limitado desse jeito [sem poder coligar com outros partidos] não é confortável. E é evidente que isso influenciou [na decisão de retroceder na ida para o PMDB], o que pode, porém, ocorrer num outro momento”, avaliou o ex-governador.
Wellington Fagundes não aceita a alegação de que Maggi terá seus movimentos limitados, se permanecer no PR. “Jamais lhe foi negado o direito de sentar com quem quiser para articular e buscar a melhor forma de composição”, reagiu o presidente estadual do Partido da República.
“O apoio de Maggi em vários municípios é fundamental, inclusive para manter aqueles que já tempos [o prefeito] e podemos ampliar”, observa Fagundes, ao citar o caso do prefeito Dilceu Rossato (PR), de Sorriso, maior prefeitura administrada por um republicano.
Maggi não quis avaliar o fato de a imagem do PMDB estar arranhada pelas crescentes denúncias de corrupção contra a gestão os presidentes da Câmara Federal, Eduardo Cunha (RJ), e do Congresso, Renan Calheiros (AL), além de Silval Barbosa, no âmbito regional.
Blairo Maggi fez festa em Brasília, mas não chegou a assinar a ficha de filiação ao PMDB. Ele participou de ato simbólico de ingresso no partido, realizado em novembro de 2015, ao lado do vice-presidente Michel Temer e outros caciques peemedebistas.