- Cuiabá
- SEXTA-FEIRA, 10 , JANEIRO 2025
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O alegado “estranhamento” entre o prefeito Mauro Mendes (PSB) e o candidato Wilson Santos (PSB), assim como o distanciamento entre ambos neste início de campanha, não passaria de um “jogo de cena” para não chocar o eleitorado cuiabano.
Antes desafetos, com direito a xingamentos públicos em várias situações, os dois, agora, precisarão subir no mesmo palanque.
Mais: Wilson precisa de Mendes para crescer eleitoralmente, já que a avaliação do prefeito está acima da média. E Mendes precisa que Wilson ganhe, para proteger seu legado e dar continuidade à sua linha de gestão e às obras iniciadas. Se isso acontecer, Mendes pode se manter em evidência até 2018.
Segundo fontes dos dois partidos, ouvidas pela reportagem, o aparente distanciamento entre os dois é proposital e calculado.
“Aos poucos, de maneira gradual, eles começarão a se aproximar. A população precisa se acostumar com a ideia de ver os dois juntos. Se eles derem as mãos, logo de cara, o povo não irá digerir a cena”, afirmou uma das fontes.
Segundo ela, uma pesquisa já está sendo feita pela coligação comandada pelo governador Pedro Taques (PSDB) e Mendes, para medir o impacto dos acontecimentos recentes e a aceitação do eleitorado sobre a configuração desse novo cenário.
O receio maior do grupo é que haja uma rejeição maciça e, mesmo com as bençãos de Taques, que mantém altos índices de aprovação em Cuiabá, a aproximação entre Mendes e Wilson não “dê liga”.
Conforme apurou o reportagem, a tendência é que no início de setembro Mauro e Wilson já estejam bastante próximos, participando dos mesmos atos, lado a lado.
Mesmo assim, Mendes nutriria certo receio de que a união possa queimar sua imagem, já que ele mantém projeto eleitoral para 2018.
“Sabemos que esse é um risco, que estamos sendo obrigados a correr por causa da decisão do prefeito em não disputar a reeleição. Foi uma decisão que abalou todo o grupo, que prejudicou vários projetos. Mas, agora, estamos lambendo as feridas e tentando agir rapidamente para encontrarmos um eixo”, disse uma fonte tucana.
Como já antecipou o MidiaNews, os adversários pretendem comparar a união entre os dois políticos com o que aconteceu em 1998, quando Júlio Campos (DEM) e Carlos Bezerra (PMDB) se uniram, num movimento rejeitado pelo eleitorado.
O primeiro perdeu na disputa para o Governo, quando Dante de Oliveira se reelegeu, e o segundo para o Senado.