- Cuiabá
- SEXTA-FEIRA, 10 , JANEIRO 2025
- (65) 99245-0868
As novas regras da Legislação Eleitoral, que proíbem as doações por parte de empresas nestas eleições, parecem não ter atrapalhado a campanha dos candidatos a prefeito em Cuiabá.
Segundo dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os gastos dos seis candidatos já somam R$ 6,2 milhões, mais que o dobro (113%) do que foi arrecadado em 2012, quando as doações empresariais eram permitidas.
Em contrapartida, os candidatos arrecadaram bem menos do que gastaram até o momento. Juntos, eles conseguiram arrecadar R$ 3,9 milhões.
Este número ainda pode aumentar, tendo em vista a continuação da campanha até o dia 30 de outubro, quando haverá a votação do segundo turno para escolher o futuro prefeito da Capital.
Os candidatos Emanuel Pinheiro (PMDB) e Wilson Santos (PSDB), que seguem na disputa pelo cargo, iniciaram a campanha do segundo turno com um déficit de R$ 3,1 milhões em suas contas.
Emanuel já gastou, até o momento, R$ 3,5 milhões. Os maiores gastos foram com publicidade, sendo R$ 780 mil para a produtora de seu marqueteiro Antero Paes de Barros e a consultoria do jornalista Pedro Pinto. Sua arrecadação está em R$ 1,6 milhão.
Já Wilson gastou R$ 2,050 milhões e arrecadou R$ 807 mil. Os maiores gastos foram com a produtora Monkey Filmes, R$ 270 mil; escritório de advogados, com R$ 250 mil; e instituto de pesquisas de intenção de voto, com R$ 120 mil.
Outros candidatos
Os outros quatro candidatos que foram derrotados no primeiro turno também tiveram gastos e arrecadações expressivas.
Entre os candidatos que perderam, Julier Sebastião (PDT) foi quem mais recebeu doações e, também, quem mais gastou. Ele arrecadou R$ 911 mil e suas despesas chegaram a R$ 263 mil durante a campanha.
Julier ficou na quarta colocação com 8,12% dos votos.
Em seguida, a candidata Serys Slhessarenko (PRB), apresentou em sua prestação de contas ter arrecadado R$ 389 mil e gastos em R$ 309 mil. Serys ficou em quinto lugar com 3,22% dos votos válidos.
O candidato Procurador Mauro (PSOL), que ocupou o terceiro lugar na primeira etapa da disputa, com 24,85% dos votos, arrecadou R$ 182 mil. Mauro não prestou contas sobre suas despesas com a campanha.
Renato Santtana (Rede) que obteve 1,27% dos votos e ficou em último lugar no primeiro turno, arrecadou R$ 10 mil e gastou R$ 6 mil.
Pleito anterior
Em 2012, a legislação eleitoral permitia que empresas fizessem doações aos candidatos, eram permitidas “vaquinhas” virtuais e os candidatos não tinham um limite de gastos estipulado.
Naquele pleito, também foram seis candidatos na disputa pelo Alencastro. Os gastos dos seis somaram R$ 2,9 milhões nos dois turnos. Juntos, eles conseguiram arrecadar R$ 2,1 milhões.
Marcus Mesquita/MidiaNews
Quem declarou maior arrecadação e despesa foi o candidato eleito, Mauro Mendes (PSB). Ele recebeu doação de R$ 1,2 milhão e gastou R$ 1,8 milhão.
Em seguida, veio Guilherme Maluf (PSDB), atual deputado-estadual e presidente da Assembleia Legislativa. Em sua campanha para prefeito ele arrecadou R$ 543 mil e gastou R$ 539,9 mil.
O candidato Lúdio Cabral (PT), que disputou o segundo turno com Mauro Mendes, declarou ter arrecadado R$ 103 mil de pessoas físicas e jurídicas e gastou R$ 309,8 mil.
O candidato Carlos Brito (PSD) teve arrecadação de R$ 232,4 mil e despesa de R$ 219,6 mil, enquanto Adolfo Grassi (PPL) arrecadou R$ 1.950,00 e teve despesas de R$ 1.915,00.
O Procurador Mauro que também participou do pleito deste ano, arrecadou R$ 39,6 mil e gastou R$ 95,00 em 2012, segundo sua prestação de contas entregue ao TSE.
Fonte: http://www.midianews.com.br/