Prefeito da Capital esclareceu que novas concessões para taxistas não saíram por conta da crise

O prefeito Mauro Mendes (PSB) afirmou que os taxistas da Capital devem se adaptar à nova realidade gerada pelo início do funcionamento do serviço de transporte particular pelo aplicativo Uber.

O serviço começou a funcionar na tarde desta sexta-feira (25) e, assim como em outras capitais, gerou revolta dos motoristas que já trabalham de forma regularizada.

“O Uber é um mecanismo utilizado em dezenas de países. Não tem como lutar contra esse mecanismo que traz benefícios à população. Em São Paulo, Rio de Janeiro e outros municípios os taxistas fizeram motins, teve quebra-quebra, mas no final, o aplicativo continuou, pois ele é bom para a população”, afirmou.

“Os taxistas devem se adaptar a essa nova realidade. É preciso a melhoria do serviço, pois a concorrência traz ganhos para a sociedade”, completou.

Mendes também declarou que não deve ter tempo suficiente para discutir a questão, como a possível regulamentação do aplicativo, nos mesmos moldes que taxistas já seguem.

“Não sei se teremos tempo para tratar esse assunto adequadamente, mas, como cidadão, vejo como inevitável que esta tecnologia esteja disponível, para o bem dos usuários do sistema de transporte individual”, declarou.

Após o início do funcionamento do aplicativo, o Sindicato dos Taxistas de Cuiabá (Sintac), através do seu vice-presidente, Adailton Lutz, afirmou que a entidade vai buscar “todas as alternativas” possíveis para proibir o serviço.

Concessão aos taxistas

Ainda na questão do transporte particular de usuários, Mendes declarou que a Prefeitura ainda não colocou em prática a lei aprovada em 2015 – que trata da nova regulamentação dos táxis -, pois foi preciso agir com cautela, por conta da crise econômica.

No projeto de lei aprovado no início do ano passado, além dos atuais 604 veículos, a Prefeitura deveria aumentar as concessões de táxis para 791, além de regulamentar a categoria no município.

As 187 novas vagas para taxistas seriam disponibilizadas seguindo as proporções de: 40% para pessoas jurídicas e 60% para pessoas físicas.

No entanto, nenhuma dessas questões foi colocada em prática.

“Hoje, com a diminuição da atividade econômica, e menos pessoas utilizando o serviço, se colocarmos novas concessões na praça podemos acabar gerando uma crise maior no setor. Nós seguramos um pouco isso, pois não tínhamos certeza que aquele estudo de demanda feito lá atrás realmente é uma necessidade ou poderá criar um problema novo para os atuais concessionários”, declarou.

“Fomos cautelosos e evitamos fazer medidas que pudessem causar mais transtornos do que soluções. O Uber, que inevitavelmente chegaria a Cuiabá, será uma alternativa para aqueles que desejam ter uma concessão”, pontuou.

Fonte: www.midianews.com.br