A audiência pública é parte do trâmite para a troca dos calibres das armas do Estado de ponto 40 para 9 mm

Representantes da Taurus, Glock e Sig Sauer participaram da audiência pública que debateu o parecer da comissão interinstitucional de avaliação e padronização de material bélico da Secretaria de Estado de Segurança Pública nesta terça-feira (15.08), no auditório do Detran.

A audiência pública é parte do trâmite para a troca dos calibres das armas do Estado de ponto 40 para 9 mm. Após ouvir as sugestões e críticas dos fabricantes sobre questões técnicas como peso do gatilho, força de resistência do ferrolho, fundo de carregador removível para desmontagem sem uso de ferramenta especial, dentre outros quesitos, a comissão vai adequar e publicar a norma técnica.

“Cumprindo o que o Governo do Estado se propôs a fazer, a padronização bélica em Mato Grosso, estamos executando a segunda etapa, que é a audiência pública para ouvir também os representantes das indústrias bélicas. Depois vamos partir a outra etapa que é o regramento, norteando as futuras aquisições de material bélico e também dar início os primeiros termos de referência para compra, em que faremos os testes dos armamentos, e tendo resposta positiva, vamos dar início as grandes compras”, explicou o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas.

O perito da Politec Emivan Batista de Oliveira, que integra a comissão interinstitucional de avaliação e padronização de material bélico, disse que o objetivo da audiência pública foi alcançado. “As empresas estão questionando, para podermos adaptar, aceitar e elaborar os quesitos para que as empresas venham respeitar quando contratar com o estado.

Para o gerente comercial da Taurus, Fábio Eidelwein, acha importante o trabalho e tem que ser feito por ser opção do Estado. “Nós estamos acompanhando e apoiando. A Taurus tem interesse em participar do processo com a arma que for demandada pelo trabalho da comissão”.

O presidente da Glock do Brasil, Franco Giaffone, elogiou o trabalho realizado pela comissão e destacou que a própria lei 8.666, que rege as licitações nos órgãos públicos, sugere a padronização e que os tribunais de contas sugerem que esse caminho seja adotado. “Até o momento onde eu tenho participado no Brasil, tenho visto a Polícia Militar de Mato Grosso como exemplo. Quando se observa a parte técnica deles, percebe nitidamente que eles olham e estudaram as últimas licitações internacionais que houveram”, disse se referindo aos dois policiais militares que integraram o estudo, o major PM Marcos Eduardo Ticianel Paccola e o cabo PM Fernando Raphael P. de Oliveira.

O representante comercial da Sig Sauer, Alexandre Ferrari Amato, comentou que a empresa atinge grande e vários países com o armamento que possui e se enquadra nos padrões estabelecidos nos critérios da comissão. “A Sig Sauer é uma empresa internacional onde ela cumpre todos os padrões como vocês estão solicitando. Temos todas as armas de acordo com as solicitações em calibres e de acordo com a necessidade que é solicitada. Em relação a busca da padronização como Mato Grosso tem buscado, acho eficiente e essa unificação do armamento é o caminho ideal”.

Fonte: http://www.mt.gov.br/