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12/01/2021 - 13:18

Emanuel acusa MDB de se unir ao governador para prejudica-lo, mas nega que irá sair da legenda

Para o prefeito de Cuiabá, MDB deve resgatar sua identidade e voltar a ser um partido popular

O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) voltou a afirmar que foi traído pelo MDB após a bancada do partido na Assembleia Legislativa ter votado favorável ao projeto do Governo para trocar o modal do VLT pelo BRT. Ele lembrou que logo ao tomar posse, anunciou que iria acionar a justiça contra a decisão do governador Mauro Mendes (DEM), porém, disse que foi ‘surpreendido’ com a aprovação  do projeto recebendo votos de deputados da legenda.

“Essa votação do VLT e BRT na Assembleia foi o símbolo do descompasso do meu partido com as ruas e com as urnas. Votaram tudo no afogadilho. Por que atropelar a população? Por que não consultar o município? Eles não me consultaram se deveriam votar ou não votar, pelo menos uma discussão. Não aceito. Isso é traição a Cuiabá. Fazer isso é traição e não posso chamar de companheiro”, disse na manhã desta terça-feira (11) à rádio CBN Cuiabá.

Para Emanuel, o MDB é uma dos maiores partidos do Brasil, com uma história de lutas e não pode ficar subordinado às vontades do governador. “O MDB não tem que ser um partido do governador do Estado. Tem que ser um partido popular e do povo cuiabano. Não tem como o MDB crescer se continuar governista como está, não aceito um partido que diga amém a um capricho pessoal do governador”.

Ele disse ainda que a atitude dos deputados demonstra que o MDB se uniu a Mauro Mendes para tentar ‘destrui-lo’. “Quiseram fazer média com o governador. Com exceção de Carlos Bezerra e Romoaldo Júnior, todos se uniram para tentar me destruir para atender o capricho do governador que me tem como inimigo. Enquanto isso, eu me uni com Deus e com o povo e agora eles têm que aceitar o resultado”.

Apesar das críticas, o prefeito disse que não pretendo sair do MDB. “Não pretendo sair. O MDB é um dos maiores partidos do país, tem história de luta pela democracia, contra a ditadura e que tem grandes nomes, como Carlos Bezerra, nossa maior liderança. Mas eu também mereço respeito e proponho que o MDB se reaproxime da população, que se atualize e se recicle a cada dois anos e ouça o clamor das urnas”.

 

 

 

Foto:  Luiz Alves   |  Fonte:  www.odocumento.com.br

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