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28/10/2021 - 10:05

Grupo empresarial alvo da 2ª fase de operação da Polícia Federal recebeu mais de R$ 100 milhões em 2 anos

São cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Curitiba, além de três prisões preventivas e de medidas de sequestro de bens, direitos e valores [Foto – Polícia Federal]

A “Operação Cupincha”, segunda fase da “Operação Curare”, deflagrada nesta quinta-feira (28) pela Polícia Federal investiga o desvio de recursos públicos destinados à saúde pública. Ao todo, serão cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá e Curitiba, 3 mandados de prisão preventiva e medidas de sequestro de bens, direitos e valores. Uma pessoa se encontra foragida.

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, é um dos alvos, bem como a sede da Cervejaria Cuyabana, na qual ele seria sócio oculto, conforme a PF.

Como se apurou na primeira fase da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá/MT e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

Lavagem

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando à dissimulação dos eventuais beneficiários.

Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de contratos administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.

O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então servidor público e o proprietário do grupo empresarial investigado.

 

 

 

Fonte:  Odocumento

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