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deputado estadual em exercício, Gilberto Figueiredo (União), afirmou nesta terça-feira (25), em entrevista à rádio Vila Real, que existe um “cartel estabelecido” no Estado por parte de empresas que se juntam para vencer os certames licitatórios na área da saúde. Questionado sobre o assunto, Figueiredo disse que “não é que tem um cartel na Secretaria de Estado de Saúde. Existe um cartel estabelecido no Estado de Mato Grosso entre empresas que se combinam para vencer certames licitatórios, empresas que prestam serviços ao Governo do Estado, para nossos hospitais, para as prefeituras, os consórcios, enfim, isso existe no Estado inteiro”, declarou.
Conforme o primeiro suplente do União Brasil, que deixou a pasta da Saúde temporariamente para cumprir licença do deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), há uma investigação em curso neste sentido. “No que diz respeito a esse assunto, ele corre em segredo de justiça, então nós não temos profundidade sobre o teor do processo. Recebemos demandas oficiais por informações e todas elas nós realizamos. É muito difícil para os gestores descobrirem se existem empresários discutindo para fazer um acordo”.
Conforme Gilberto Figueiredo, “esse processo é do nosso conhecimento sim, ele inicia lá em 2020, numa auditoria que eu pedi para fazer no Hospital Metropolitano, onde constatou que uma empresa recebia por alguns plantões sem efetivamente a escala completa estar disponível no hospital. Da minha parte, naquele momento, eu demiti a diretora do hospital, o diretor técnico e o diretor financeiro e solicitei mais informações à Decor. Eles me disseram que é um processo que corre em segredo de justiça. Estou aguardando há dois anos as informações”, observou.
Sobre a provável existência de uma funcionária da Secretaria de Saúde que estaria dando apoio ao cartel de empresários, o parlamentar disse que gostaria de saber quem é. “Eu gostaria muito de saber se tem uma pessoa da Secretaria de Saúde auxiliando esse cartel, se tem e quem é. Como é segredo de justiça eu não tenho como ir lá e perguntar quem é”, esclareceu.
“Eu acredito, até que se prove o contrário, que nós temos uma comissão de licitação séria, honesta. Agora, às vezes nem é alguém que está dentro da comissão, é o olheiro que consegue informações. Mas é desconfortável saber disso. Não me agrada saber disso. Eu espero que o mais rápido possível essa investigação chegue ao final para que possamos adotar as medidas cabíveis e legais. Já demandei a Procuradoria Geral do Estado, a Controladoria Geral. Torço para que isso seja um equívoco, porque se realmente acontecer será uma grande decepção”, completou Gilberto Figueiredo.
Fonte: Odocumento