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Em um setor marcado pelo uso da tecnologia no campo, contudo, na hora de negociar as compra de insumos, 70% dos agricultores e pecuaristas ainda preferem negociar presencialmente para obter os melhores preços. No formato híbrido (presencial + via plataformas digitais e WhatsApp), é opção de 24,30% dos agricultores e 24,94% dos pecuaristas e, por fim, o modo apenas digital é preferência de 5,63% dos agricultores e 4,63% dos pecuaristas.
Por outro lado, os produtores rurais utilizam a internet para fazer cotação de preços, para depois seguir a loja física para fechar negócio. Entre os agricultores os produtos que ele mais buscam informações sobre preços na internet são defensivos agrícolas e fertilizantes/adubos. Já os pecuaristas, foi citado, principalmente, sal mineral e rações pecuárias.
Os dados constam na pesquisa “Perfil e Hábitos dos Produtores Rurais em Mato Grosso”. O estudo do Imea e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) faz parte do Projeto Desenvolvimento Regional de Mato Grosso.
O levantamento das informações ocorreu em outubro de 2022 por meio de ligação telefônica com os produtores rurais. Ao todo foram ouvidos 790 produtores rurais em Mato Grosso, destes 398 são agricultores (50,38%), sendo que 20,85%, além de agricultores, são pecuaristas. Os outros 392 (49,62%) entrevistados são pecuaristas, desses 24,74%, além de pecuaristas, são agricultores.
Fazendas conectadas
Na agricultura o uso da internet nas fazendas é maior do que na pecuária. Foi identificada uma maior participação de propriedades de agricultores (93,20%) ante aos dos pecuaristas (83,59%), que tem conexão à internet.
“A crescente necessidade de conexão à internet também ocorre na área rural, uma vez que além de controle contábil e administrativo, atualmente há uma diversidade de softwares que auxiliam no aumento da produtividade e rentabilidade, mas necessitam de conexão à internet. Além disso, existem também as máquinas agrícolas que utilizam internet, drones para captação de imagens e acompanhamento das lavouras, chips em bovinos para rastreabilidade, entre outras ferramentas que utilizam a internet para salvar os dados na nuvem”, explicou o superintendente do Imea, Cleiton Gauer.
Em Mato Grosso, 76,29% dos agricultores possuem conexão apenas na sede, seguido de 10,63% que possuem em metade da área, 6,27% mais da metade da área e apenas 6,81% possuem no cenário ideal, ou seja, em toda a área.
O mesmo cenário se repete para os pecuaristas, visto que 80,25% possuem conexão apenas na sede, 9,88% em metade da área, 6,27% mais da metade da área e apenas 6,48% possuem em toda a extensão da propriedade.
A diferença no perfil dos agricultores e pecuaristas ficou evidente quando questionados a respeito do tempo que possuem internet na propriedade, uma vez que a média do tempo de utilização de conexão dos agricultores é de 7 anos, e de 5 para os pecuaristas.
Fonte: ODOC