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19/06/2023 - 09:33

Gallo diz que reforma tributária pode apresentar “impactos terríveis” caso aprovada e prevê perda em arrecadação

O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo (União), afirmou em Cuiabá, durante entrevista na Assembleia dos Governadores da Amazônia Legal, que a reforma tributária do Governo Lula, que tramita no Congresso, da forma como está, vai apresentar “impactos terríveis” para Mato Grosso. Segundo ele, caso aprovada, a reforma vai dar uma perda de 30% na arrecadação do Estado.

“Mato Grosso perde 30% da arrecadação, a reforma, como tramita, acaba com o nosso programa de desenvolvimento industrial. Enfim, a gente tem um aumento virtual aí de carga tributária, inclusive sobre o agro, sobre custo de produção, a gente tem essa preocupação”, disse Gallo à imprensa.

“Nós estamos agora ansiosamente aguardando a entrega por parte do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro, do texto. O que eles apresentaram até agora foram as diretrizes gerais, cujos impactos sobre o Mato Grosso são absolutamente terríveis”, declarou o secretártio.

Gallo adiantou que vem estudando o tema e que Mato Grosso tem uma proposta para todas as questões que estão sendo questionadas. “Estamos mantendo contato com todos os estados, com todos os governadores, com ênfase entre os das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, disse.

“Nós não podemos concordar com o extermínio do nosso programa de desenvolvimento industrial que prevê um crédito, um incentivo fiscal para as indústrias se instalarem em Mato Grosso. Isso não pode acabar para o Centro-Oeste, para o Norte e para o Nordeste. É inadmissível e nós não vamos trocar o modelo que a gente tem hoje por um modelo de fundo de desenvolvimento regional que a gente vai ficar dependente de repasse para poder fazer os incentivos”, afirmou.

Sobre o fato de que a União vem trabalhando a possibilidade de criar um fundo de compensação para os estados que perderiam com a extinção do programa de incentivos, o secretário de Fazenda recordou a Lei Kandir, que provocou perda para os estados. “A Confederação das Indústrias – segundo o secretário — não são favoráveis ao extermínio dos programas de desenvolvimento industrial porque isto vai representar perda de competitividade”, completou.

 

 

Fonte:  ODOC

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