O deputado estadual Júlio José de Campos (União), em entrevista na rádio Cultura nesta terça-feira (12), foi duro quando questionado sobre a disputa interna no partido entre o deputado estadual Eduardo Botelho e o federal Fábio Garcia. Júlio Campos defendeu a definição de um critério para a escolha e afirmou que “não pode” o governador Mauro Mendes, presidente do partido no Estado, “querer impor” a candidatura do partido na Capital do Estado em 2024.

“Precisa ter um critério para a escolha do candidato a prefeito, não pode o governador querer impor por conta própria, por decisão pessoal, sem ouvir os companheiros. Vamos fazer o diretório municipal, vamos fazer a convenção, convoca os filiados, os cinco mil filiados do União Brasil de Cuiabá para eleger o diretório e aí vai ter duas chapas, a do grupo que apoia Botelho e a chapa do grupo que apoia o deputado Fábio Garcia”, disse Júlio Campos.

Segundo o parlamentar, “com isso o partido seria ouvido e quem eleger a maioria no diretório municipal estaria, automaticamente, elegendo a maioria da convenção partidária para escolher o candidato. Agora, imposição é muito ruim. Eu fico triste de ver porque se for assim, nós caminhamos para não ir para o segundo turno em Cuiabá”, disparou o deputado estadual.

“Se impor, temos um racha, o deputado Botelho sai do partido, vai para o PSD, pro PSB, para o MDB, para qualquer partido que ele entender de ir, e leva um grupo grande de aliados para lá e o Fábio fica com dificuldade no União Brasil, então porque isso? Porque não vamos ter bom senso e equilíbrio e dialogamos”, questionou o parlamentar.

Júlio Campos fez uma defesa direta ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho. “Todos são União Brasil, não há um aliado mais forte do governo na Assembleia Legislativa do que o deputado Botelho. Se o governo hoje tem sucesso econômico e financeiro, está fazendo uma bela gestão em termos de desenvolvimento econômico e social e de infraestrutura, deve às leis que o deputado Eduardo Botelho liderou e apoiou. Toda vez que o Botelho não se manifesta o governo perde na Assembleia Legislativa”, arrematou Júlio Campos.

Fonte:   ODOC   |   Foto:   Angelo Varela