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07/12/2023 - 10:23

MT é líder na produção de biodiesel e apoia programa federal para aumentar a mistura com diesel fóssil

O Brasil está prestes a dar um passo importante na transição energética e na redução das emissões de gases de efeito estufa. A virada de chave é a o projeto de lei 4516/23, que visa ampliar a margem de mistura obrigatória de biodiesel ao diesel fóssil, que atualmente varia entre 6% e 15%, para 10% a 25%. A proposta é do Ministério de Minas e Energia (MME), que também estuda as questões de viabilidade técnica e econômica para a implementação da mudança.

O programa, chamado de “Combustível do Futuro”, foi anunciado pelo ministro do MME, Alexandre Silveira, durante o painel sobre combustível do futuro na COP 28, em Dubai, na segunda-feira (4). Na ocasião, o ministro afirmou que o Brasil investirá R$ 200 bilhões no setor de biocombustíveis até 2037 e que é possível chegar a 25% de biodiesel na mistura com o tempo, dependendo da decisão do Conselho Nacional de Política Energética.

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Silvio Rangel, também participa da COP 28 e nesta semana representou o estado no debate sobre indústria e sustentabilidade. Ele se reuniu com o ministro Alexandre Silveira e declarou que o aumento da mistura de biodiesel é uma atitude prática que alia o desenvolvimento econômico à sustentabilidade, pois além de contribuir na descarbonização da economia, fortalece a cadeia de alimentos.

Mato Grosso tem um papel fundamental nessa transição energética, pois é o maior produtor de soja do país, uma das principais matérias-primas para a produção de biodiesel, além de contar com 15 usinas que têm capacidade autorizada de produção anual de 2,6 bilhões de litros de biocombustível.

O vice-presidente da Fiemt e do Sindicato das Indústrias de Biodiesel de Mato Grosso (SindiBio-MT), Rodrigo Guerra, ressaltou os benefícios ambientais, sociais e econômicos do uso do biodiesel. “Como há muito tempo temos defendido, o uso do biodiesel traz uma série de benefícios que vão desde a geração de novos postos de trabalho, redução de gases de efeito estufa, desenvolvimento regional e conexão entre cadeias produtivas”, afirmou.

Segundo o SindiBio-MT, a industrialização da soja em Mato Grosso agrega 70% de valor ao produto. Uma tonelada de soja in natura comercializada tem valor de R$ 2.742,28. Se essa mesma quantidade de grão for transformada em biodiesel com os seus subprodutos, o valor de comercialização chega a R$ 4.663,52.

Além disso, de acordo com um estudo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), cada emprego direto gerado pelo setor de biocombustível representa 91 empregos indiretos e outros 201 empregos induzidos. Esse efeito multiplicador é o maior, entre todas as atividades econômicas, registradas no estado.

 

 

Fonte:  ODOC

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