- Cuiabá
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Lucas do Rio Verde, município próspero localizado na região norte de Mato Grosso, ostenta o título de ser um dos grandes produtores de grãos do estado, marcado por um desenvolvimento ímpar e uma economia potente, sedimentando seu lugar como um dos principais polos agrícolas do Brasil, com um PIB per capita de 51,2% acima da média estadual.
Com 83.798 habitantes, o Produto Interno Bruto (PIB) do município é de cerca de R$ 6,9 bilhões, com 36,5% do valor adicionado advindo dos serviços, na sequência aparecem as participações da agropecuária (31,4%), da indústria (23,9%) e da administração pública (8,2%).
O município foi criado com as obras de abertura da rodovia BR-163, pelo 9º Batalhão de Engenharia e Construção (9° BEC), ligando Cuiabá a Santarém (PA), na segunda metade da década de 70, quando mobilizaram os primeiros colonizadores para esta região de cerrado situada no médio-norte de Mato Grosso e distante 350 quilômetros da capital.
O dia 5 de agosto de 1982 passou a ser comemorado como a data de fundação da agrovila, ainda então pertencente ao município de Diamantino.
Em 17 de março de 1986, o núcleo urbano foi elevado à condição de Distrito e no dia 04 de julho de 1988, quando conquistou sua emancipação político-administrativa, já contava com 5.500 habitantes.
Hoje, Lucas do Rio Verde se destaca como um dos maiores produtores de soja do país, ostentando índices de produtividade entre os mais altos do mundo. O município também se consolida como importante exportador de grãos, contribuindo significativamente para a economia nacional.
Para além da força do agronegócio, Lucas do Rio Verde oferece uma qualidade de vida ímpar para seus habitantes. A infraestrutura moderna, aliada à oferta de serviços essenciais e opções de lazer, garante um ambiente acolhedor e propício ao bem-estar da população.
Economia
A vocação agrícola floresceu desde cedo, impulsionada pelo clima favorável e pelas terras propícias ao cultivo de soja, milho e algodão. A mecanização do campo, aliada à adoção de técnicas modernas de produção, catapultou a região para o topo do agronegócio nacional.
Com alta tecnologia e elevados índices de produtividade, a agricultura de Lucas do Rio Verde desponta como uma das mais eficientes e foi fundamental para rapidamente firmar-se entre os mais importantes polos do agronegócio de Mato Grosso e do país.
Responsável por 1% de toda produção brasileira de grãos, embora sua área ocupe apenas 0,04% do território nacional, o município agora ingressa de vez no seu segundo ciclo econômico. Um processo que evoluiu a partir de 2005, com o início da implantação da Usina Canoa Quebrada – um investimento gerador de mais 28 megawatts de energia que entrou em operação no início de 2007 e se consolida com a chegada de gigantes da indústria de transformação de alimentos.
Agricultura
A produção agrícola é a principal mantenedora do sistema econômico regional onde se encontra o município de Lucas do Rio Verde, constitui-se também como a principal alavanca que impulsiona o crescimento econômico para o estado de Mato Grosso.
O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, o estado de Mato Grosso é o maior produtor do país e o município de Lucas do Rio Verde é considerado o 5° maior produtor do estado.
O município é um dos grandes produtores nacionais de milho segunda safra, especializando-se na produção dessa cultura. O milho, além de atuar na cadeia regional de produção de grãos, atua também nas cadeias produtivas de suínos e frangos de outros estados brasileiros.
Apesar dos riscos e das poucas áreas de produção, o algodão é uma cultura altamente competitiva que traz muitos benefícios para o município, principalmente para o setor industrial.
Um fator importante quanto à cultura do algodão é referente à tecnologia. Para cultivá-lo, é necessário um grande investimento em máquinas e insumos, desde o plantio até a colheita do produto. Esse talvez seja o principal fator que impede que haja uma produção maior e mais áreas cultivadas no município.
A cultura do feijão não é voltada à exportação, seu consumo é interno, e por essas circunstâncias não é muito cultivado pelos produtores rurais do município, sendo esta mais voltada para a base familiar.
Como o feijão, o arroz é pouco explorado no município, apresentando baixos volumes de produção e sendo utilizado, na maioria das vezes, como cultura para correção da acidez do solo após a abertura de novas áreas para plantio de soja e outros produtos.
Entretanto, a região onde Lucas do Rio Verde está inserido apresenta uma grande produção desse produto, tendo o município de Sinop (localizado a 150 km ao norte) como maior produtor da região.
A cultura do arroz sequeiro é explorada como um diferencial nas pequenas e médias propriedades, e a exploração industrial desse produto pode ser feita para a fabricação de ração animal para peixes e suínos, substituindo o farelo de milho, e para o consumo humano.
A cultura do sorgo é concorrente direta do milho, utilizado para incorporar massa seca à terra para ajudar no plantio das próximas culturas, como a da soja.
O sorgo não apresenta poder de competição em termos de preço, sendo, comercialmente, aproximadamente 50% mais barato que o milho. Utilizado como cultura para rotação, tem pouca importância econômica, porém sua produção é maior do que a de arroz e a de feijão no município.
História
A história de Lucas do Rio Verde se inicia na década de 1970, quando desbravadores chegaram à região, atraídos pela fertilidade do solo e pelas promessas de um futuro promissor. Em 1985, o município foi emancipado, marcando o início de uma trajetória de crescimento acelerado.
As obras de abertura da rodovia BR-163, pelo 9º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção), ligando Cuiabá a Santarém (PA), na segunda metade da década de 70, mobilizaram os primeiros colonizadores para essa região de cerrado situada no médio-norte de Mato Grosso e distante 350 quilômetros da capital.
No entanto, foi somente a partir de 1981, quando o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) começou a implantação do projeto de assentamento de 203 famílias de agricultores sem-terra oriundas de Encruzilhada Natalino, interior do município de Ronda Alta (RS), que se formou a comunidade que deu origem a Lucas do Rio Verde.
Atualmente, poucas famílias dos assentados de Ronda Alta ainda continuam de posse de suas terras. Pressionadas pelas inúmeras dificuldades daquele período, muitas delas desistiram de seus sonhos e outras perderam terreno para a agricultura extensiva que começava a ocupar a vastidão do cerrado.
Três décadas depois da instalação do acampamento do 9º BEC, às margens do Rio Verde, esta moderna, pujante e dinâmica cidade cujo nome rende uma homenagem a Francisco Lucas, antigo seringalista e desbravador da região, em nada lembra aquele vilarejo onde tudo era difícil e precário.
Esportes
O esporte é uma ferramenta de inclusão e movimenta praças, quadras e espaços esportivos em Lucas do Rio Verde. Além de proporcionar saúde e qualidade de vida, ajuda a prevenir o sedentarismo e outras doenças. Por meio das escolinhas esportivas do “Programa Viva Lucas”, são oferecidas 12 modalidades, incluindo voleibol, handebol, etc. Essas iniciativas não apenas revelam talentos e campeões, mas também destacam o BMX, um esporte praticado há muito tempo na cidade, que já teve grandes atletas representando Lucas em competições de ciclismo pelo Brasil e exterior.
Entretanto, como em grande parte do país, o esporte mais popular em Lucas do Rio Verde é o futebol. O principal time da cidade é o Luverdense Esporte Clube, fundado em 24 de janeiro de 2004. O clube possui vários títulos de campeão estadual e um título da Copa Verde, além de ter disputado o Campeonato Brasileiro da Série B por quatro anos, representando o estado de Mato Grosso. Atualmente, o Luverdense compete no campeonato estadual e na Série D do Campeonato Brasileiro de 2025, realizando seus jogos no Estádio Municipal Passo das Emas, inaugurado em 20 de março de 2004, com capacidade para até 10.000 pessoas.
O estádio alcançou um recorde histórico de público em 2013, na partida entre Luverdense e Corinthians, com uma assistência de aproximadamente 10.200 pessoas. Este foi o primeiro jogo realizado com transmissão nacional em cadeia aberta pela Rede Globo, durante as oitavas de final da Copa do Brasil daquele ano.
Educação
O ensino público em Lucas do Rio Verde tem crescido e se destacado nos últimos anos em Mato Grosso. O município possui o terceiro melhor Ideb do estado, conforme o último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), superando a média estadual em ambas as etapas de ensino, que ficaram abaixo de 6 no mesmo estudo. Em 2022, o investimento por aluno aumentou 27%. Atualmente, a rede municipal de educação atende 13.800 alunos. Em 2023, o prefeito Miguel Vaz esteve em Brasília buscando recursos e parcerias para fortalecer a educação no município.
Religião
A população de Lucas do Rio Verde é predominantemente católica romana. No entanto, o município também abriga diversos credos protestantes ou reformados, incluindo evangélicos de origem pentecostal e não pentecostal. Além do catolicismo e do protestantismo, há também adeptos do espiritismo, budismo, entre outras religiões.
Curiosidades
A árvore ‘Ficus’ conhecida popularmente pelo simples nome de “Figueira” foi tombada como patrimônio histórico-cultural do município de Lucas do Rio Verde por meio do decreto nº 874, de 10 de novembro de 1999 na gestão do prefeito Otaviano Pivetta. A árvore tem um grande significado para os moradores da cidade. No início da colonização, não existia um espaço social e nem sequer uma igreja construída onde as pessoas pudessem se reunir para discutir seus problemas e buscarem soluções. Era na sombra dos frondosos galhos da figueira que acontecia os encontros dos moradores. Ali também as famílias se confraternizavam em rodas de chimarrão aos finais de tarde e fins de semana. Até mesmo as primeiras missas nas manhãs de domingo eram celebradas sob a sombra da Figueira. A Figueira está localizada no final da Rua Horizontina, em frente ao lote 1C da quadra 07 e ao lote 14 da quadra 09, Bairro Pioneiro em Lucas do Rio Verde.
Complexo Industrial Attílio Fontana
Área destinada às empresas do setor industrial, com estrutura adequada e específica, planejada para viabilizar a logística de produção e escoamento.
Igreja Rosa Mística
A Igreja Nossa Senhora da Rosa Mística é mais do que um templo da comunidade católica de Lucas do Rio Verde. Ela se tornou cartão postal da cidade e um dos pontos turísticos mais visitados. Se destaca pela sua estrutura arquitetônica. A igreja foi inaugurada em 08 de novembro de 2014 e tem capacidade para 800 pessoas sentadas. O templo guarda uma exposição permanente de arte sacra, um trabalho minucioso de estudo litúrgico da artista plástica Mari Bueno. São nove vitrais figurativos que homenageiam as mulheres relevantes da história da salvação e oitõesfeitos artesanalmente em pastilha de vidro que revelam as três flores da Rosa Mística. A igreja também conta com uma cruz de vidro que fica acima do presbitério, pinturas artísticas de quatro, painéis que retratam Cristo e 15 obras que compõem a coleção Via Sacra em mosaico, instalada no entorno da igreja. Algumas obras reunidas chegam a ter mais de 10 metros de altura.
Monumento 9º BEC
O Monumento ao 9º BEC é uma homenagem aos militares do 9º Batalhão de Engenharia e Construção do Exército Brasileiro, responsáveis pela abertura da BR-163 (Cuiabá-Santarém). Este monumento foi erguido na Praça dos Pioneiros, local que marca a origem da cidade, situada no bairro Pioneiro. A entrega oficial à sociedade luverdense ocorreu no dia 5 de agosto de 2015. A praça recebeu esse nome em 1999, por meio da Lei 682/99, de 12 de setembro daquele ano, assinada pelo prefeito Otaviano Pivetta, durante seu primeiro mandato à frente da gestão municipal.
Para falar mais sobre a cidade de Lucas do Rio Verde, um dos principais polos agrícolas do Brasil, a revista RDM MT Municípios entrevistou o prefeito do município, Miguel Vaz.
RDM: Prefeito, o senhor poderia começar falando sobre sua história de vida, onde nasceu, como ingressou na política, se já ocupou outros cargos eletivos antes. Enfim, fale de sua família, de seus antepassados. Quem é você?
Prefeito Miguel: Miguel Vaz Ribeiro, 60 anos, natural de Santo Antônio do Sudoeste (PR), casado com Janice Vaz Ribeiro há 37 anos (professora), pai de dois filhos, avô de quatro netos.
Sou filho de pequenos agricultores gaúchos. Cresci ajudando meus pais na roça, até os 16 anos, quando saí para estudar o ensino médio. Trabalhei como recenseador do IBGE (Censo Agropecuário 1980), classificador de grãos e bancário em uma cooperativa de crédito.
Cheguei a Mato Grosso em fevereiro de 1987, na época trabalhava na Ovetril no Paraná e pedi para ser transferido para Mato Grosso, porque via no estado muitas oportunidades. Morei alguns meses em Sorriso e quando a empresa abriu uma filial em Lucas do Rio Verde, fui convidado a ser gerente.
Na época, Lucas do Rio Verde ainda era distrito de Diamantino. A emancipação ocorreu em 4 de julho de 1988.
Desde que cheguei ao município, participo da vida da comunidade. Participei das movimentações em busca da emancipação, da eleição do nosso primeiro prefeito, Werner Kothrade, e de todo o desenvolvimento do município.
Na política, ingressei efetivamente em 2012, quando fui convidado pelo ex-prefeito e atual vice-governador Otaviano Pivetta a ser o seu candidato a vice-prefeito. Fomos eleitos e de 2013 a 2016 dividi a gestão do município com Otaviano.
Tínhamos o compromisso de sermos dois prefeitos atuantes. Eu cuidava mais da parte econômica, enquanto Otaviano se dedicava à parte social.
Também tive a oportunidade de assumir o comando do município por várias vezes, a exemplo, quando o prefeito se licenciou para coordenar a campanha de Pedro Taques ao Governo do Estado.
Em 2016, colocamos novamente o nosso nome à disposição da comunidade, mas não fomos vitoriosos e, com isso, voltei a cuidar dos meus negócios.
Em 2020, fui convidado pelo grupo político que faço parte a disputar a eleição. Junto com o meu amigo Marcio Pandolfi, fomos eleitos com mais de 58% dos votos.
RDM: Como o município tem incentivado o crescimento econômico nos últimos anos?
Prefeito Miguel: Eu costumo dizer que, “se o município não pode ajudar, que pelo menos não atrapalhe”.
Dentro do que a lei nos permite, fazemos tudo o que é possível para atrair e fomentar novos empreendimentos.
São várias ações, que vão desde a concessão de incentivos fiscais, parcerias com o Estado para oferta de linhas de crédito, investimentos em infraestrutura, parcerias com o Sistema S para a capacitação dos empreendedores e qualificação dos trabalhadores.
Resultado do potencial econômico e dessa política de atração é o número de empresas abertas. Quando assumimos, em 2021, Lucas do Rio Verde tinha 6.337 empresas abertas. Hoje, são mais de 12 mil, ou seja, dobramos.
RDM: Quais são os principais setores econômicos em Lucas do Rio Verde e como eles têm contribuído para a cidade?
Prefeito Miguel: A nossa base econômica sempre foi a agricultura, com o cultivo de soja, milho e algodão. A partir do final da década de 1990, começamos a buscar a diversificação da economia, e surgiram os primeiros projetos com foco na agregação de valor.
Em 2006, criamos a EMA Alimentos, empresa que chamou a atenção de grandes indústrias do setor e desencadeou a implantação do projeto Sadia, a atual BRF.
Com a instalação da empresa, dezenas de outras se instalaram no município. São indústrias e comércios de pequeno e médio porte que prestam serviço a BRF.
Ao mesmo tempo, a nossa população quase dobrou de tamanho. Saímos de 25 mil habitantes e fomos para quase 50 mil em poucos anos.
O surgimento das indústrias, a geração de empregos e a vinda de novas famílias fortaleceram o comércio, que sempre viveu altos e baixos, regulado pelo resultado da safra agrícola.
Resumindo, a industrialização mudou a história de Lucas do Rio Verde econômica e culturalmente também.
RDM: Quais são os maiores desafios enfrentados pela administração municipal atualmente?
Prefeito Miguel: Eu costumo dizer que o grande desafio de uma cidade que cresce acima da média é fazer com que os serviços públicos acompanhem o desenvolvimento da cidade. É dar respostas rápidas às demandas, desburocratizar, planejar, pensar o município lá na frente.
Para você ter uma ideia, nos últimos 12 anos Lucas do Rio Verde cresceu 10 vezes mais do que a média nacional. Enquanto o Brasil cresceu 0,52% por ano, crescemos 5,21% ao ano. Fomos a quinta cidade que mais cresceu no Centro-oeste e a 16º no Brasil.
RDM: Fale sobre as políticas públicas que o senhor tem desenvolvido, especialmente nas áreas da Educação, da Saúde e da Assistência Social.
Prefeito Miguel: Educação, Saúde e Habitação fazem parte dos eixos da gestão.
O slogan da nossa gestão é “Lucas do Rio Verde, Cidade de Oportunidades”. Demoramos um tempo para escolher, porque, na minha concepção, não pode ser apenas uma frase, tem que fazer sentido.
Quando surgiu o “Cidade de Oportunidades”, fiquei um tempo pensando, o que faz de Lucas do Rio Verde uma cidade de oportunidades? Com isso, surgiram os cinco eixos da nossa gestão, geração de empregos, educação, saúde, segurança e habitação.
A oportunidade de emprego é o que atrai as pessoas. As famílias vêm para Lucas do Rio Verde em busca de trabalho, em busca de uma vida melhor.
Nos últimos anos, o nosso município ficou entre os três melhores saldos de geração de emprego do estado e do Brasil, segundo o Caged.
Com a oferta de trabalho, a família necessita de educação e saúde pública de qualidade. Nestes dois eixos, também avançamos muito.
Construímos cinco novas escolas, reformas e ampliações em todas as unidades. Foram mais de R$ 90 milhões investidos em infraestrutura.
Ao mesmo tempo, investimos na formação continuada dos nossos professores. O resultado é o Ideb, média 6.2 nos anos iniciais, o terceiro melhor do estado e 5.5 nos anos finais, o quarto melhor de Mato Grosso.
Lembrando que a melhor nota entre as municipais em todo o estado é de Lucas do Rio Verde, com a Escola São Cristóvão, 6.7 nos anos iniciais.
Na saúde, os investimentos ultrapassam os 30% do orçamento, quando o mínimo estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 15%.
São mais de R$ 100 milhões por ano. São novas estruturas como o Laboratório Municipal, a UBS do Parque das Emas e o Espaço Saúde e novos serviços ofertados, como o Atendimento Domiciliar (destinado aos pacientes acamados), odontologia para pacientes especiais, Serviço de Atendimento Especializado (SAE), para pacientes com HIV/Aids, hepatites e tuberculose.
A Assistência Social, mais especificamente a habitação, é o nosso principal compromisso com a população. Lembro-me que durante a campanha, nas visitas aos bairros, o principal pedido era por moradia.
E desde que assumimos, temos trabalhado para oportunizar a realização do sonho da casa própria.
Com o apoio do Estado, finalizamos o projeto Vida Nova, que foi iniciado em 2014 na nossa gestão. Foram 350 casas entregues às famílias do Faixa I.
Lançamos o Condomínio Águas do Cerrado, primeiro projeto habitacional de apartamentos do município. São 1.536 unidades com infraestrutura de lazer e segurança. As obras já estão em andamento.
Também lançamos o projeto Sonho Meu. São lotes financiados diretamente com o município, a preços populares. Já foram entregues 287, de 424 que serão disponibilizados.
Em parceria com o Ser Família Habitação, do Governo do Estado, estamos construindo 50 casas que serão destinadas às famílias em extrema situação de vulnerabilidade social, 20 já foram entregues.
E, recentemente, lançamos o maior projeto habitacional da história de Lucas do Rio Verde, com 2 mil unidades. As casas serão construídas em parceria com o Governo do Estado e Governo Federal.
No total, estão sendo viabilizadas mais de 4 mil moradias. O nosso compromisso, estabelecido no Plano de Governo, eram 3 mil moradias.
E para finalizar os cinco eixos, a segurança pública. Embora seja de responsabilidade do Estado, fizemos muito. Transformamos a nossa Guarda Municipal em Guarda Civil, investimos em treinamento, armada com a autorização da Polícia Federal.
Fizemos um novo concurso público e já convocamos mais 30 aprovados. Com isso, serão 67 servidores capacitados e armados nas ruas.
Ao mesmo tempo, investimentos em tecnologia, com rede de fibra ótica, 400 câmeras de videomonitoramento integrando todas as forças de segurança do município.
RDM: Como a prefeitura está planejando o crescimento sustentável da cidade?
Prefeito Miguel: Em 2022, lançamos o Pacto pela Inovação, resultado da união de esforços entre o poder público, iniciativa privada, entidades e instituições de ensino.
Contratamos uma consultoria especializada, visitamos cases de sucesso, em Florianópolis (SC), Porto Alegre e São Paulo (SP) e estamos trabalhando junto com a sociedade.
O objetivo é criar em Lucas do Rio Verde um ambiente favorável à inovação, com tecnologia e empreendedorismo.
Porque ninguém garante que o que nos trouxe até aqui, no caso, a agroindústria, vai possibilitar a continuidade do nosso desenvolvimento.
O projeto atua em todos os setores, desde a educação com a introdução de novas tecnologias, como a robótica, meio ambiente com a busca de fontes de energia renováveis.
Foram criados o Conselho Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia, o Departamento de Inovação e o Fundo Municipal de Inovação, com foco em fomentar o empreendedorismo, gerando mais empregos.
RDM: Quais projetos de infraestrutura estão em andamento para melhorar a qualidade de vida dos moradores?
Prefeito Miguel: Viabilizar moradia para as famílias, esse é o principal projeto social do município. O valor do aluguel tem um peso significativo no orçamento das famílias.
Garantir moradia, vai muito além da qualidade de vida, é trabalhar o pertencimento e o amor pela cidade.
Por isso, o nosso empenho em oportunizar às famílias a realização do sonho da casa própria. Desde que assumimos, foram viabilizadas mais de 4 mil moradias.
RDM: Quais são os planos e metas para o futuro de Lucas do Rio Verde?
Prefeito Miguel: O município é um grande canteiro de obras, com a construção de casas, unidade de saúde, espaço cultural, abertura e pavimentação de estradas.
Mas o grande projeto aguardado pela sociedade é a duplicação da BR-163, que vem sendo tocada pelo Governo do Estado.
A nossa proposta, apresentada à Nova Rota do Oeste e ANTT, é a construção de um contorno rodoviário, retirando todo o trânsito pesado de dentro da cidade.
Com isso, vamos interligar a rodovia ao distrito industrial, reduzir o fluxo de veículos pesados e o volume de acidentes de trânsito.
Também acompanhamos de perto a construção da ferrovia da Rumo, ligando Rondonópolis a Lucas do Rio Verde e os estudos para a construção da Fico, que ligará Água Boa a Lucas.
E estamos nos preparando, com a atualização do Plano Diretor, conectado aos novos equipamentos de infraestrutura, rodovia, ferrovia, terminal ferroviário. A meta é crescer, mas sem perder a qualidade de vida.
Por: Jean Gusmão | Foto: Assessoria