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Maroan Fernandes Haidar Ahmed, apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado, pelo assassinato do empresário Fábio Batista da Silva, de 41 anos.
A sentença foi proferida nesta terça-feira (14), após sete anos do crime, durante julgamento pelo Tribunal do Júri, realizado por videoconferência. O réu está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, unidade de segurança máxima.
Além do homicídio, Maroan responde a outras acusações, incluindo tráfico de drogas, organização criminosa e suposto envolvimento como mandante de execuções. Ele foi condenado por homicídio qualificado, motivo fútil e porte ilegal de arma de fogo, além de multa.
O crime ocorreu em uma loja de conveniência no bairro Vila Aurora, em Rondonópolis, em 2016. Testemunhas relataram que a vítima pediu a Maroan, que estava em uma caminhonete Amarok branca com os faróis altos voltados para o estabelecimento, para reduzir a intensidade da luz. Após uma breve discussão, quando Fábio retornava para a mesa onde estava, Maroan efetuou um disparo fatal.
O juiz responsável pelo caso destacou na decisão que Maroan é considerado um preso de alta periculosidade. Ele já fugiu mais de uma vez, inclusive enquanto cumpria medida cautelar de monitoração eletrônica, e é investigado por diversos crimes graves. Durante o período em que esteve foragido, foi preso em flagrante em uma operação contra o tráfico internacional de drogas em Santa Catarina, em janeiro de 2023.
Maroan também é apontado como mandante de um homicídio ocorrido em Aparecida de Goiânia (GO), em julho de 2020, supostamente em benefício da facção criminosa. Além disso, esteve envolvido em um tiroteio na fronteira, em Ponta Porã (MS).
A defesa tentou anular a sentença de pronúncia ou adiar a data do julgamento, mas o pedido foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) um dia antes do júri. O julgamento trouxe alívio para os familiares do empresário, que aguardavam pela condenação de Maroan.
Com o veredito, o condenado seguirá na unidade federal de segurança máxima, onde já cumpre pena por outros crimes.
Fonte: ODOC