A pressão causada pelo aumento da oferta de boiadas está menor nesse final de safra em relação à safra de 2019, o que implica em estabilidade de preço frente à demanda interna estável. A Scot Consultoria afirma que as variações de preços registradas durante a semana passada em algumas regiões, positivas ou negativas, foram reflexo desse cenário.

Além disso, a menor atratividade para o confinamento em função da relação apertada entre os preços do boi gordo no mercado futuro e os preços vigentes para a reposição e, também, para os insumos, poderá afetar a oferta de gado gordo na entressafra, em especial de bovinos jovens, que atendem o mercado chinês.

A empresa afirma que para o curto prazo, a demanda interna é ponto de atenção, mas sem expectativa de melhora relevante, tendo em vista o período de quarentena e crise econômica. No mercado externo, apesar da queda do dólar nos últimos dias, o câmbio ainda elevado associado à demanda exterior firme, favorece o embarque de carne bovina.

Carne bovina no atacado

Após um aumento no consumo na primeira quinzena de maio, as vendas de carne bovina recuaram no mercado interno. Entretanto, como os frigoríficos estão trabalhando com a capacidade de abate reduzida, as margens são menores para variação nos preços.

Na comparação semanal, na média dos cortes pesquisados pela Scot Consultoria, o preço da carne bovina no mercado atacadista teve queda de 0,08% e na comparação mensal, houve alta de 2,2%. O mercado de carnes segue sustentado pelas exportações, principalmente para a China.

Analisando os cortes bovinos, os oriundos do dianteiro tiveram queda de 0,38%, enquanto os do traseiro subiram 0,01%.

Fonte:  Canal Rural