Ex-senador e um dos principais marqueteiros político de Mato Grosso, Antero Paes de Barros, em entrevista ao portal O Documento, afirmou que a única forma de o presidente Jair Bolsonaro, sem partido, levar a eleição de 2022, é tentando dar um golpe. “O Bolsonaro indica que a única forma de levar essa eleição é tentando dar o golpe, mas está cada dia mais isolado”, disse o ex-senador, acrescentando que “não acredita” que o presidente tenha o apoio das Forças Armadas.

Para Antero Paes de Barros, o presidente tem a expectativa de declarar estado de sítio. “Não acredito que ele tem o apoio das Forças Armadas. Vai tentar fazer arruaças no dia 7 de setembro, vai mandar quebrar tudo para poder declarar estado de sítio. Ele não tem como sobreviver no regime democrático. Vai mandar seus apoiadores fazerem isso. Acho difícil um golpe, a democracia está sólida e vencerá. Bolsonaro vai perder”, afirmou.

Conforme Paes de Barros, desde o início do mandato o presidente Bolsonaro tenta aplicar o golpe. “Participou e estimulou manifestações populares contra o Congresso Nacional e o STF. Queria o fechamento dessas instituições”, disse.

Sobre a sucessão presidencial de 2022, o senador defende o surgimento de uma terceira via na disputa. Segundo Antero, “o grande destaque é a gente conseguir fazer com que o Lula e o Bolsonaro não cheguem no segundo turno. Acho que está demorando para a terceira via. Temos bons nomes, como o Ciro Gomes, mas ele precisa ter o apoio do centro democrático. O Ciro está bem, mas ainda é cedo para avaliar, acho que vamos ter um quadro mais estável em fevereiro ou março do ano que vem”, observou.

Em Mato Grosso, o principal marqueteiro político do Estado, vê com solidez a provável candidatura do governador Mauro Mendes à reeleição. “Vejo o Mauro Mendes muito sólido. Tem muita entrega para fazer, mas precisa combater alguns desgastes. Indiscutivelmente, o Mauro faz um bom governo. Tem uma gestão bem avaliada, resta saber se a avaliação do gestor vai representar voto. Muita gente acha a gestão boa, porém, não vota no gestor. Não é uma eleição liquidada. O já ganhou não existe. Não sei quem, mas surgirão adversários para o Mauro. O Emanuel, na minha opinião, não sai candidato. Vai ajudar a eleger o Emanuelzinho”, completou.

Fonte:  Odocumento