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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), em entrevista no Jornal da Manhã da Jovem Pan, nesta quinta-feira (30), descartou que a redução de impostos anunciada pelo seu governo tenha qualquer relação com o argumento do presidente Jair Bolsonaro, sem partido, de que os preços dos produtos, como dos combustíveis, estão cada vez mais caro por conta dos impostos estaduais.
“Isso aconteceu porque nós entramos no Estado do Mato Grosso e quando nós chegamos, em 2019, tínhamos um estado em que estava muito desequilibrado fiscalmente, ou seja, gastava mais do que arrecadava, estávamos com salário atrasado com décimo terceiro atrasado e a nossa cadeia de fornecedores totalmente corrompida, com um atraso aí de cinco seis meses”, disse Mendes.
“Fizemos medidas duras, com um nível de planejamento e nós conseguimos nesses dois anos, mudar a realidade de Mato Grosso, o que permitiu ao Estado, este ano, fazer um investimento de 15% com receita própria. Hoje o Estado do Mato Grosso vai investir no ano de 2021, 15% da sua receita. Talvez seja um dos maiores investimentos entre os estados brasileiros”, disse Mendes.
“Por conta disso, neste momento estamos fazendo uma redução de impostos ao cidadão, uma redução bastante robusta nós estamos tirando o ICMS de energia elétrica de 27% para 17%, por exemplo, e isso é um alívio importante para o cidadão”.
Conforme Mauro Mendes, “quando você gasta mal o dinheiro, você não tem qualidade nesse gasto e o dinheiro nunca vai ser suficiente. É o que acontece no Brasil, durante os últimos 30 anos a carga tributária só cresceu no Brasil, e o estado brasileiro é muito monocrático e pouco eficiente”.
Para Mauro Mendes, “é preciso reencontrar esse caminho do crescimento, mas de maneira sustentável. Isso depende muito dos governantes e governados, porque as decisões impactam diretamente no ambiente econômico. Os impostos no Brasil sempre foram muito caros. Eu acho que tem que ter, sim, um movimento de desoneração do cidadão, do contribuinte, das empresas e nós estamos fazendo. Fui presidente da federação das indústrias e como empresário, como cidadão, a vida inteira defendi isso”, adiantou o governador democrata.
Segundo Mauro Mendes, o dinheiro que deixará de ser arrecadado com a redução de impostos no Estado, R$ 1,2 bilhão, “vai circular na economia, no bolso do cidadão, das empresas que podem investir mais, que poderão contratar, o cidadão pode comprar mais e todo esse dinheiro circulando, volta a retroalimentar a própria arrecadação do governo”.
Fonte: Odocumento