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O Plano Safra 2023/2024, uma das principais fontes de crédito para financiar a agropecuária do país, terá como foco a sustentabilidade. A produção de alimentos estará vinculada ao Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, conhecido como Plano ABC+. Ele será o indutor das políticas agrícolas brasileiras, voltadas para a agropecuária de baixo carbono.
Com isso, Mato Grosso sai à frente. O estado foi o primeiro a apresentar ao Governo Federal o Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC+) dentro da agropecuária. Este plano, que deve ser elaborado por todos os estados brasileiros, faz parte da agenda nacional do Governo Federal para enfrentamento à mudança do clima no setor agropecuário, no período de 2020 a 2030.
A proposta foi elaborada por técnicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), em conjunto com as organizações integrantes do Grupo Gestor Estadual do Plano ABC+.
Os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) estão elaborando em conjunto as diretrizes do Plano Safra 2023-2024.
Ainda sem um valor definido de créditos, o novo Plano Safra deve ser lançado entre os meses de maio e junho e atenderá diferentes categorias de produtores rurais nos mais diversos segmentos.
MT vai mitigar 9% dos gases de efeito estufa
A agropecuária de Mato Grosso tem metas como recuperar 3,82 milhões de hectares de pastagens degradadas; alcançar 1,3 milhões de hectares no sistema de integração de lavoura, pecuária, floresta; a terminação de 750 mil cabeças de bovinos em sistema de intensivo, dentre outros pontos que buscam aliar a produtividade agrícola com a sustentabilidade.
Além disso, se compromete com uma participação expressiva de 9% de potencial em mitigação de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), cerca de 89 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO²), através da adoção dos sistemas de produção sustentável.
Para isso, as metas envolvem uma área de 12,5 milhões de hectares, o que equivale a 17% da meta nacional, 10 milhões de m³ em volume de manejo de resíduo de produção animal correspondente a 5% da meta nacional e 750 mil cabeças de gado, que representa cerca de 15% da meta estipulada para o Brasil.
Mato Grosso é o principal produtor de commodities do Brasil, tem o maior rebanho bovino do país, e ocupa, também, o primeiro lugar em produção de soja, milho e algodão, além de ser destaque em outras cadeias produtivas, como suinocultura e piscicultura.