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21/08/2023 - 10:24

MP aponta que provas apresentadas não são suficientes para comprovar ilegalidade de prefeito

Conforme parecer que negou afastamento do cargo, não há elementos que apontem que prefeito tenha qualquer intenção de não responder aos supostos atos ilícitos

O desembargador Rondon Bassil Dower Filho indeferiu o pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), que buscava o afastamento do prefeito de Diamantino, Manoel Loureiro Neto (MDB). Na decisão que motivou a operação na última terça-feira (15), o magistrado afirma que, até o momento, não foram apresentadas provas materiais para que o pedido fosse acatado e aponta que a suposta conduta criminosa do gestor é um fato isolado.

“A conduta criminosa descrita na peça ministerial parece ser um fato isolado na vida deles, o que só reforça a prescindibilidade, neste momento, das providências cautelares almejadas”, aponta o magistrado.

Conforme argumenta Rondon Bassil, relator do caso, é necessário que haja fundamentação específica que demonstre a necessidade e adequação de cada medida imposta. O que, nesse caso, ainda não foi demonstrado pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco). “Ademais, o órgão acusatório não apontou peculiaridades fáticas do caso concreto que pudessem justificar”, consta de trecho da decisão.

Ainda segundo o desembargador, não há também sinais de que o prefeito tenha qualquer intenção de não responder aos supostos atos ilícitos. “Ao menos nesta etapa preliminar das investigações, indicativos reais e concretos de que os representados pretendiam fugir do distrito da culpa, coagir servidores e agentes políticos lotados no Palácio Municipal (…) ou continuar utilizando a máquina pública para auferir vantagem indevida”.

O prefeito Manoel Loureiro Neto foi acusado nesta última semana de receber propina de um empresário, após um vídeo com o suposto crime ser divulgado. Fato que, conforme o gestor afirmou, “não passa de uma tentativa de criar um cenário de atos ilegais” e que possui provas robustas que atestam a origem do dinheiro recebido.

Por meio de nota o prefeito informa também que “não coopera ou contribui para atividades ilegais sejam de quaisquer formas”. Ainda segundo o prefeito, as imagens que pautaram a denúncia do MPE foram tiradas de contexto e não refletem a realidade dos fatos.

O caso

O Ministério Público de Mato Grosso está se pautando em mensagens de texto e áudio enviadas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp e que narram uma conversa do prefeito de Diamantino, cobrando de um empresário daquele município, a realização de alguns pagamentos. Na gravação, ele aparece sentado à mesa de seu consultório, conversando com o autor da filmagem, fazendo contagem de cédulas.

 

Fonte:  ODOC

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