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A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass) se posicionou contrária à autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em autorizar o plantio excepcional da soja em Mato Grosso, a partir de 1º de setembro, em pleno período do vazio sanitário necessário para controle do fungo da ferrugem asiática.
O ministro Carlos Fávaro atendeu ao pedido do megaprodutor e presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Eraí Maggi, que encaminhou ofício alegando que as chuvas em setembro estão caindo mais cedo e o cultivo encerra, em sua maioria, antes de 15 de dezembro. Com isso, poderá ser antecipado a colheita do algodão e do milho dentro de uma janela ideal de chuva.
Porém, o Mapa tomou a decisão de antecipar mediante solicitação excepcional dos produtores de soja junto à Superintendência Regional da Agricultura (SFA) em Mato Grosso. O calendário oficial do plantio segue de 16 de setembro a 24 de dezembro.
Conforme a Abrass, esse processo de plantio antecipado vai acarretar grandes dificuldades para o controle do fungo da Ferrugem Asiática, que será disseminado a grande maioria da soja (principal cultura brasileira) plantada nos meses de outubro e novembro. O período do vazio sanitário em Mato Grosso é de 15 de junho a 15 de setembro.
“Consequentemente, haverá maior custo no controle da doença e diminuição da produtividade, impondo dificuldades aos agricultores. A Abrass entende que a soja deve ser cultivada sempre dentro da janela ideal de plantio recomendada pela pesquisa”, disse a entidade em nota.
A Aprosoja também se manifestou contrária à medida tomada sem consultar a Embrapa, que tem know how em pesquisas sobre o cultivo da soja.
Fonte: ODOC