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14/02/2017 - 09:17

Consultório na Rua participa das ações do carnaval em Cuiabá

 

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Durante o carnaval a Diretoria de Atenção Básica por meio da Coordenadoria de Programas Especiais da Secretaria de Saúde de Cuiabá estará realizando uma série de ações, uma delas terá como alvo, as pessoas em situação de rua, usuários de álcool e outras drogas. Os atendimentos serão feitos pela equipe do Consultório na Rua, a partir do dia 20 até o dia 24, em vários pontos da cidade. O objetivo é alertar essa população em relação à violência e também  o uso de camisinha.

“A ação que será realizada durante o período de carnaval tem como objetivo estimular as pessoas em situação de rua a adotarem o hábito de usar a camisinha, e ainda alertar para o fato de que a AIDS não tem cura. Nossas ações tem como foco a promoção da saúde e prevenção das IST/AIDS”, explicou Vera Lucia Ferreira, responsável pelas ações do Consultório na Rua.

O trabalho da equipe multiprofissional que integra o Consultório de Rua é feito durante todo o ano, e também em iniciativas especiais como a que aconteceu neste final de semana, no “Entrega por Cuiabá”, um projeto social que visa levar amor, carinho, afeto, atenção e dignidade às pessoas em situação de rua.

A ação aconteceu na sexta-feira (10). Às 20 horas, os voluntários se concentraram no Restaurante Universitário, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A primeira parada foi na Estrada do Moinho, logo depois se dirigiram para o pontilhão da Rodoviária, e para  as Praças da República, Ipiranga, Hospital Geral Universitário, bairro do Porto e Avenida do CPA.

Um grupo de mais de 40 estudantes de medicina voluntários e a equipe do Consultório de Rua distribuíram 80 kits – com itens de higiene pessoal -, roupas, calçados, agasalhos, cobertores, lanches, água e suco. Nessa ação foram atendidas em torno de 100 pessoas em situação de rua. Assistência médica, social e outras orientações.

No período de carnaval  os atendimentos médico e social  serão intensificados e serão distribuídos preservativos masculino e feminino, gel lubrificante e informativos alertando que o  melhor ainda é a prevenção em relação às doenças sexualmente transmissíveis, principalmente entre os profissionais do sexo e os transexuais. Também serão orientados em função da violência que pode aumentar em razão do consumo de bebida alcoólica.

Consultório na Rua

O programa Consultório na Rua é executado pela Secretaria Municipal de Saúde e atende pessoas em situação de rua, independente de serem usuários de álcool ou drogas. Atualmente as atividades estão sendo realizadas em cinco regiões da capital, no bairro Jardim Leblon/Rodoviária, Praças Alencastro, da República/Ipiranga e Maria Taquara, Ilha da Banana e Beco do Candieiro, do bairro Coxipó até o Distrito Industrial.

“O trabalho começa com um primeiro contato, feito pelo “redutor de danos”, a fim de garantir a atenção, a defesa e a proteção às pessoas em situação de risco pessoal e social. Esse primeiro contato também aproxima a equipe dos valores, modos de vida e cultura das pessoas em situação de rua”, explicou Vera Lúcia.

Somente se a pessoa em situação de rua manifestar interesse recebe o atendimento que envolve atividades de aferição de pressão, teste de glicemia, curativos e distribuição de alguns medicamentos básicos com prescrição médica, preservativo feminino e masculino, Kit de higiene bucal e orientação referente à saúde. “Também são realizados exames clínicos e, nos casos de dependentes químicos, se a pessoa desejar, é encaminhado para a Secretaria de Assistência Social, que referencia para os devidos tratamentos”, a assistente social.

“É importante lembrar que essas  pessoas se encontram em extrema vulnerabilidade. Então, o Consultório na Rua lida com os diferentes problemas e necessidades de saúde dessa população, desenvolvendo ações compartilhadas e integradas também com as equipes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dos serviços de Urgência e Emergência e de outros pontos de atenção, de acordo com a necessidade do usuário, minimizando os danos  às pessoas que vivem em situação de rua correndo riscos”, salientou Vera Lucia.

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